Desde 1996 atuando como Luthier, Elifas Santana projetou e construiu os mais diversos modelos autorais de instrumentos de corda em geral, além de possuir em seu acervo projetos originais, como o instrumento chamado Noviola, também o Guiban, que consiste em um híbrido de Guitarra baiana e Bandolim ou ainda o Projeto Metal, que foi desenvolvido para Armandinho Macêdo se apresentar com A Cor do Som, sendo um instrumento todo produzido em metal e consiste em uma mescla de Guitarra convencional e Guitarra Baiana. Mas o grande centro do seu trabalho foi e continua sendo a Guitarra Baiana, um instrumento que sempre exerceu fascínio pessoal no mesmo e abriu as portas pra que toda essa história tivesse início e continuasse até hoje.
Sozinho e/ou com a ajuda de grandes amigos e parceiros, o Luthier assistiu seu nome, sua marca e até o nome da sua terra, Sergipe, ganharem o mundo através do seu trabalho, fato que sempre o motivou e o trouxe muito orgulho. Por essa e outras razões, um sonho começou a tomar conta do artista; foram tempos felizes no pequeno atelier em que se instalou por 11 anos, em anexo à casa de sua mãe, um lugar pequeno fisicamente, mas que abrigou a visita de muitos músicos, artistas, personalidades e sonhos, povoando o imaginário de muita gente. Mas o pequeno atelier já não comportava mais a quantidade de máquinas, materiais, projetos e planos que Elifas tinha para as suas criações. O sonho: iniciar e manter a primeira fábrica de instrumentos do Nordeste, ter a oportunidade de nacionalizar a Guitarra Baiana, com seus modelos autorais, já que ela foi criada na Bahia pela dupla Dodô & Osmar, sendo assim, um instrumento genuinamente brasileiro e colocar a marca Elifas Santana e o nome de Sergipe, definitivamente no mapa da música mundial.
A empreitada foi árdua, vários revezes fizeram-no querer abandonar o barco, mas tudo em sua vida sempre tem esse tom de desafio, o que acaba o impulsionando pro resultado final e a cada dificuldade, fazia questão de não esquecer daquele sonho. Ainda no atelier, abriu inscrição da E&P, a primeira experiência como indústria, apesar de permanecer no mesmo espaço. Nascia ali o embrião da Guitarra Brasil, assim batizada por conta de um projeto idealizado por Luiz Caldas; um festival em que tocaram os grandes guitarristas do Brasil, Elifas acabou achando o nome ótimo, pois definia bem o que traduzia suas intenções, Luiz achou perfeito e autorizou o uso. Conseguiu, fundou a Guitarra Brasil no ano de 2006, realizou seu sonho e vem conseguindo alcançar gradativamente os seus objetivos nesses 09 anos já passados com a fábrica , tendo suas séries de instrumentos sendo enviados para todo o Brasil e pelos quatro cantos do mundo. Foram muitas noites em claro, projetos idealizados e muito som foi tocado no decorrer desses vinte anos, mas essa história está apenas começando